segunda-feira, 9 de maio de 2011

Vergonha para a Bahia: DCE da UFBA defende o criminoso Cesare Battisti

Um estudante da UFBA - Universidade Federal da Bahia - reportou que o Diretório Central dos Estudantes pôs uma faixa na entrada do campus de Ondina, com uma frase em apoio à Cesare Battisti, o famoso terrorista italiano que esteve por muito tempo escondido no Brasil. 
A frase era de tom imperativo, exigindo do STF que cumpri-se a decisão 'soberana do Brasil' - ou seja, de Lula - de não extraditar Battisti. 
É impressionante ver como a esquerda dissimula, faz jogo de cena consigo mesma. É mais do que público que os Diretórios Centrais das Universidades em geral sempre fizeram o papel de esquerda inconformada com  tudo que lembrasse vagamente a idéia de poder. Portanto, sempre que qualquer tendência ideológica subia ao poder, os DCE's se posicionavam mais a esquerda, fazendo reivindicações exigindo ainda mais do que o governo em questão pretendia. Se a meta do governo era de liberar o aborto em certos casos, os DCE's reivindicavam o direito total e irrestrito; se o governo pretendia dar mais liberdade para os consumidores de drogas, os mesmos DCE's exigiam liberação total e incentivo público ao uso de drogas de todos os tipos.
Mas, quando certas situações exigem, vejam como estas mesmas entidades se metamorfoseiam em amplificadores do Governo. 
Na verdade, a oposição entre os partidos políticos - todos, infelizmente, de esquerda no nosso país - e as entidades estudantis, é apenas aparente. Sendo, nada mais nada menos, que uma parte da estratégia das esquerdas para atingir metas cada vez mais ousadas.
E, o STF, depois de seu 'último grande ato' -  a aprovação da união homossexual -, também não esconde a face que tem; é de se imaginar, portanto, que a decisão por extraditar Battisti também seja apenas mais uma cena do grande teatro que a esquerda brasileira vai ensaiando. Ademais, que grande justificativa teria um STF que acaba de aprovar a união do indevido, para enviar Battisti para as prisões italianas?

Para quem não conhece a face do demônio que o governo brasileiro quer manter livre, reproduzo aqui trecho de matéria postada no blog Radar da Mídia sobre o mesmo. Espero que ajude os leitores a sanarem suas dúvidas e concluírem pelo hediondo da situação atual de nosso país.

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Dois atos simbólicos: um só legado



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O caso Cesare Battisti
Um histórico, ainda que sumário, do caso Cesare Battisti ajudará a melhor explicitar o significado do gesto e do legado de Lula.

Battisti, de 56 anos, foi condenado à prisão perpétua pela justiça italiana em 1993, acusado de quatro assassinatoscometidos na década de 70, enquanto militava no grupo de extrema-esquerda Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), do qual era expoente.

Foragido da Itália, após viver na França e para evitar sua extradição confirmada por Corte daquele país, Battisti viajou para o Brasil, em 2004, quando os “companheiros” do lulo-petismo já tinham sido alçados ao poder.

Entretanto, em cumprimento de mandado da Interpol, Battisti foi preso no Brasil, em 2007. A defesa do italiano alegou que as condenações pelos assassinatos cometidos decorriam de “perseguição política” do Estado italiano e, baseado nessa alegação, o então Ministro da Justiça, Tarso Genro, em janeiro de 2009, concedeu refúgio político a Battisti. O mesmo Tarso Genro que deportara para Cuba, atribiliariamente, os atletas cubanos que tinham pedido refúgio para escapar da ditadura comunista de Fidel Castro.

Ante a onda de protestos gerada pelo refúgio concedido ao terrorista-assassino, Lula logo saiu em defesa do Ministro do PT e de sua decisão.

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Familiares das vítimas de Battisti insurgem-se
Ignazio La Russa, ministro italiano da Defesa ressaltou que a decisão de Lula da Silva “além de ser injusta e gravemente ofensiva para a Itália, o é sobretudo para a memória das pessoas assassinadas e para a dor dos familiares de todos aqueles que perderam a vida por responsabilidade do assassino Battisti" (cfr. Folha.com 31.12.2010).

Alberto Torregiani foi um desses familiares que se mostrou inconformado com a atitude de Lula. Tinha apenas quinze anos quando seu anseio de se tornar jogador de futebol se desfez. Integrantes do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) invadiram a joalheria da família em Milão e, sem dizerem uma palavra, fuzilaram seu pai e o deixaram paraplégico.

Em entrevista ao site de Veja, Torregiani invectivou: “Lula gosta de dizer que lutou pela democracia do Brasil e que essa era sua finalidade. É de se esperar que uma pessoa que diga isso tenha humanidade e respeito pela civilidade, o que não aconteceu. Eu sou a prova viva de que Battisti é um assassino".

De inconformidade foi também a reação de Maurizio Campagna, irmão do policial Andrea Campagna, assassinado por Cesare Battisti, em abril de 1979: “A França ia extraditá-lo. A Corte Europeia afirmou que não existiam condições para não devolvê-lo à Itália. O Supremo Tribunal Federal do Brasil determinou a extradição. Esta decisão final foi uma vergonha” (cfr. Para irmão de vítima, manter Battisti no Brasil é “uma vergonha”, Folha.com, 4.01.2011).